Vela VK - Testes de performance 1

Iniciamos nesta postagem uma série de testes "benchmark" da Vela VK. Este modelo de vela asa bilaminar flexível, foi desenvolvida para ter performance com baixo custo, viabilizando desta maneira o desenvolvimento da vela popular (Vela Pop) no Brasil.

No momento, 4 (quatro) pequenos veleiros utilizam Velas VK: 2 caiaques turismo adaptados a vela ( Romanok e Veleirok); 1 caiaque modelo biposto (duplo) da Hidroglass Rio e o Catanoiak, projeto do Marcelo Maia.

A percepção é de satisfação com a performance que a Vela VK proporciona aos pequenos veleiros. Marcelo Maia, Nívea e Danilo Veleirok, que tem velejado com esta vela estão bastante satisfeitos, mas, ainda não tínhamos iniciado um processo de avaliação com dados e fatos de rendimento comparativo com outros modelos de velas tradicionais (unilaminares).

No sábado dia 27 de outubro de 2012, no decorrer da velejada, eu e o Marcelo Maia combinamos uma avaliação da performance em contravento entre 2 caiaques duplos da Hidroglass Rio, que tinha  como principal diferenciação as velas. o Marcelo Maia usando a Vela VK, e eu, que estou avaliando a aquisição de um caiaque deste modelo, com uma vela convencional unilaminar.

Conheçam a percepção do Marcelo Maia:
"Com relação à velejada de sábado, minha impressão foi a seguinte: Com os caiaques semelhantes, posicionados no contravento, com a vela VK eu consegui navegar em um ângulo menor em relação ao vento do que o mesmo modelo de caiaque com vela simples. Ainda há que fazer uma consideração a respeito da vela simples, pois o caiaque duplo que o Danilo velejava está com um mastro mais alto que o meu porém com uma retranca um pouco mais curta, ou seja, a vela tem um formato que teoricamente deveria dar mais potência, o que eu não observei em nenhuma trajetória da velejada. Também, observei que a aceleração produzida pela vela VK nas rajadas de vento é bem mais acentuada que a da vela simples. Resumindo, a impressão é que temos mais potência disponível mesmo em orça muito apertada."

As conclusões do Marcelo Maia coincidem com as minhas e além da orça mais fechada (ângulo menor em relação ao vento), chama a atenção, para a aceleração produzida pela vela VK nas rajadas de vento, uma característica que percebo a cada velejada. Foi muito interessante ver o perfeita forma da vela, conseguida pelo Marcelo Maia, ao utilizar um sistema que desenvolveu diferente do que uso para dar "shape" ao bordo de ataque da asa. Parabéns, Marcelo!

Este é apenas a primeiro teste, outros virão e pretendemos, que apoiados por equipamentos, tal qual GPS, compassos náuticos, filmes e outros recursos.

O caiaque do Marcelo Maia com a Vela VK

O caiaque em que velejei (esta imagem é da Travessia da Ilha Grande), no teste, sem buja

Sistema desenvolvido pelo Marcelo Maia para estruturar o bordo de ataque da asa da Vela VK

A Vela VK como motor do Catanoiak do Marcelo Maia

6 caiaques no Encontro Vela Pop na Lagoa de Maricá

6 caiaques no Encontro Vela Pop na Lagoa de Maricá em Divinéia. Com a presença de: Pinon e Sidnei, Mauro Pessanha, Genilson Hidroglass, Karla e Marcelo Maia, Nívea e Danilo.

Ventos fracos, com rajadas de 7 nós. Genilson ofereceu churrasco e uma sopa de siri. Espetacular!

A Nivea foi a primeira a ir para a água no caiaque modelo monoposto da Hidroglass Rio e adorou a experiência!

Eu experimentei o caiaque duplo da Hidroglass Rio. Gostei muito da performance, do conforto e de todos os aspectos no geral. muito bom Genilson!

Pinon apresentou o seu caiaque a vela. Novo membro da Flotilha de Vela Pop

O lindo caiaque do Mauro do Mauro Pessanha sendo inspecionado pelo Genilson Hidroglass, que forneceu componentes

Mauro Pessanha preparando para assumir o comando. O batismo foi uma virada neste lindo caiaque potente como uma Ferrari 

Karla e Marcelo Maia. Vela VK com shape e performance na orça sensacional!

Mais uma imagem do caiaque do Mauro Pessanha

Vista da Divinéia na Lagoa de Maricá

Link: o mesmo evento na percepção do Marcelo Maia.

Aprendendo a velejar na Lagoa Rodrigo de Freitas

Na velejada do sábado passado na Lagoa Rodrigo de Freitas, eu velejei muito pouco, pois estava apenas com 1 caiaque, e a preferência foi para a Nívea.

Mas, ela cansou e deixou o Veleirok para que eu navegasse. O vento estava muito fraco e vinha do quadrante Sudeste.

Saí do Parque dos Pedalinhos e fui em direção ao centro da Lagoa. Eu perdi numa velejada em Maricá, a biruta de indicação de direção de vento, devido a falha no velcro. Então, a substitui por uma lã pendurada na retranca. Esta biruta indicava rondadas constantes do fraco sudeste que soprava e me lembrei de uma postagem anterior aqui no blog, que explicava como é o comportamento do vento em águas abrigadas e com interferência do relevo.

Mesmo assim, decidi matar saudades do nosso antigo point o Parque dos Pedalinhos e fui até lá, mareando a vela conforme a biruta indicava as rondadas de vento, que eram constantes.

Foi uma velejada bastante técnica. O difícil é ficar observando a biruta ao invés de apreciar este lindo cartão postal do Rio de Janeiro.

Roteiro da velejada bastante técnica ... Ventos fracos exigem conhecimento técnico

Velejos na Lagoa Rodrigo de Freitas

Nívea e Celso em primeiro plano

Com a visita ilustre do gaúcho Celso Carnos Scaletsky e na companhia de Karla e Marcelo Maia, Nívea e Genilson Hidroglass, em Encontro de Vela Pop na Lagoa Rodrigo de Freitas

Os ventos não apareceram, mas dava para velejar, com muita técnica, pois os caiaques à vela precisam de pouco vento para navegar.

O cenário da Lagoa Rodrigo de Freitas, cartão postal do Rio de Janeiro, é bonito mesmo com o tempo nublado. E agora, descobrimos o Parque dos Pedalinhos, onde o bom estacionamento nos deixa com os carros próximos a praia gramada, onde montamos os veleiros e acessamos a água com muita facilidade.

Muitos transeuntes no local vieram conversar conosco, curiosos com os caiaques à vela e alguns já nos conheciam dos blogs e dos filmes.

Próximos eventos acontecerão na Rodrigo de Freitas!

Celso no caiaque modelo monoposto da Hidroglass, está providenciando com Genilson o transporte para Porto Alegre.

A intrépida Nívea no belo cenário da Lagoa Rodrigo de Freitas 

Danilo Veleirok embarcando para uma velejada até o Parque dos Patins, nosso antigo point na Lagoa

Karla e Marcelo Maia, prontos para embarcar no caiaque duplo

Testando o Romanok em Maricá

Na companhia do Marcelo Maia, velejamos na Lagoa de Maricá, com objetivos de testes. O Marcelo Maia testou no seu caiaque duplo da Hidroglass Rio, as novas anexações das amas aos iakos.
Eu, testei o Romanok,  caiaque que está sendo customizado para a Nívea, em vários itens:  

1. A configuração de iako (barra que anexa os flutuadores ao casco) as amas (flutuadores) utilizando apenas um iako;
2. A anexação da bolina ao casco;
3. O sistema de cana de leme;
4. A vela VK de 2,2 m², produzida especialmente para a Nívea

Conclusão: o barco se comportou muito bem, a orça foi positiva, (consegui chegar a Divinéia, um ponto exatamente a barlavento). A velocidade foi lenta, mas carregar o meu peso com uma vela de 2,2 m², era a esperada. O conforto para a Nívea de entrar e sair do caiaque, sem necessitar saltar um iako é muito positivo e remar, se torna mais fácil ainda. 

A vela VK de 2,2 m² vai atender a Nívea, na fase de aprendizado, pois o barco fica mais dócil nos ventos fortes de Maricá. Não testei na prática o novo sistema de rizo da vela VK, mas não vai dar zebra. A vela apresentou um vinco indesejável, mas, foi solucionado por uma observação do Marcelo Maia, de folgar a esteira. Vai melhorar ainda mais, quando a retranca for cortada para o tamanho adequado a esta vela.    

O vento, medido no anemômetro, variava de 5 a 10 nós e as imagens foram obtidas por um celular, pois a minha Kodak resolveu informar que estava sem carga na bateria, após ter sido carrregada ...

Agora, é levar o Romanok na Hidroglass Rio, para a aplicação definitiva da ama com o novo sistema desenvolvido pelo Genilson.

Romanok com a Vela VK apresentando o vinco indesejável 

Link: veja a versão desta velejada por Marcelo Maia